Um serviço que vai custar ao todo R$ 23,7 milhões aos cofres de Manaus e que até agora não serviu para nada. Essa é a assinatura do prefeito David Almeida para os populares corujinhas que estão instalados em diversos pontos da cidade, mas que não ajudaram a salvar uma única vida.
É que apesar de anunciar os equipamentos no mês de maio, até hoje David Almeida não assinou a autorização para que os equipamentos registrem as infrações e resultem em multas aos motoristas que ultrapassam a velocidade das vias. Até o momento já foram gastos R$ 614 mil na estrutura.
Mas os pagamentos seguem caindo na conta dos empresários envolvidos no negócio, conforme as notas no fim desta matéria. Um exemplo é o Consórcio Manaós Monitoramento, ao qual nossa equipe de reportagem teve acesso à notas empenhadas pelo município, no valor de R$ 614 mil.
Em julho, foram pagas também mais duas notas para a empresa Newtesc Tecnologia e Comércio nos valores de R$ 203.528,38 e R$ 411.294,37. Em maio, David Almeida disse que os equipamentos eram necessários para impedir o número de acidentes e mortes nas ruas de Manaus. A defesa, porém, não se tornou realidade, já que os equipamentos seguem instalados apenas como “enfeite”. A Prefeitura nunca mais informou o que vai fazer com os corujinhas.
Os aparelhos estão na Torquato Tapajós, Autaz Mirim, Djalma Batista e Tursimo. A empresa responsável pela implantação dos equipamentos, Consórcio Manaós Monitoramento, composta pelas as empresas Comatech da Amazônia, Newtesc Tecnologia e Comércio. Ainda segundo o Immu, de janeiro a abril de 2024 já foram 95 pessoas que morreram em acidentes de trânsito em Manaus, em 2023 nesse mesmo período foram 78 mortes, um aumento de 21,8%.
Destes, a maioria é envolvendo motocicletas com 49 mortes em 2024 e 34 em 2023. Ao total, 2023 teve 254 acidentes de trânsito com vítimas fatais.
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